sexta-feira, 8 de junho de 2007

Caetité, Bahia: primeiras impressões...

Como fui contratado em caráter de urgência para o projeto, minha vinda para Caetité, região sul da Bahia, não passou por uma digestão. Aliás, não pasou sequer por mastigação: foi engolida direto, à seco, mas ainda assim com um impacto menor do que eu esperava.
A vinda relâmpago para cá foi decidida em menos de uma semana: fiz minha entrevista numa sexta-feira e na quarta-feira seguinte já estava aqui trabalhando.
A epopéia começou com um vôo com partida às 4:30h da manhã de Cumbica e chegada às 6:30h em Salvador. E uma tediosa espera até a partida do vôo Salvador-Guanambi às 9:00h. Aí começa a tragédia do dia: o segundo vôo. Aliás vôo é bondade. Imagine uma montanha-russa cuja volta dura duas horas. Só que, ao invés de um carrinho, você vem sentado num dos lugares de um Bandeirantes de 15 assentos, que carinhosamente apelidamos de "kombi-voadora". O vôo até a cidade de Bom Jesus da Lapa foi tranqüilo, até porque dormi em boa parte dele. Mas de lá até Guanambi foi horrível. A "kombi" chacoalhava tanto que, se eu tivesse levado um litro de leite, teria chegado com um litro de iogurte. Nunca vi nada pular tanto!!! Ainda bem que esta parte do trajeto dura apenas cerca de 20 minutos.
Cheguei mareado, almocei tarde e fui trabalhar. E reencontrei dois grandes amigos que foram, em parte, os responsáveis pela minha contratação: o Fábio "Horácio", guitarrista dos Bodes de Prata, e o Deyna.
A cidade é pequena, tem 45.000 habitantes em todo o município. Local bonito, encravado em um vale, praças ajeitadas, algumas mulheres bonitas, mas trilha sonora péssima: forró, pagode, samba e afins. E apenas uns cinco ou seis restaurantes passíveis de freqüência. Além de botecos, muitos botecos.
O hotel onde estamos baseados é bom, tenho meu quarto com ar-condicionado, TV e frigobar. Temos um computador com acesso à internet para uso comum, piscina, bom atendimento.
A galera que trabalha comigo é muito legal. Somos uma equipe de cerca de 15 pessoas, sendo a maioria geólogos. Time unido, bom e profissional. Além de companhias ótimas e grandes amigos.
Ainda bem, porque a estada aqui será longa.
Até mais...

Finalmente de volta ao ar!!!

Depois de muito tempo sem escrever, volto ao meu blog para postar os acontecimentos de lá para cá:

  • Me formei!!! Finalmente, após oito longos anos, completei a graduação: sou geólgo. Com alguns tropeços e atropelos na reta final, mas enfim, geólogo;
  • Saí da Waterloo Brasil. Após três anos, fui desligado da empresa que tanto me ensinou e acolheu. Baque grande, mas serviu para dar um novo rumo a minha vida profissional;
  • Não moro mais em Pinheiros. Aliás, não moro mais em São Paulo. Entreguei o apartamento às pressas, por conta da mudança, o local que foi minha casa e, nos últimos tempos, meu refúgio. Mas ficou para trás. Dele só levo lembranças (boas e ruins) que o fizeram meu lar por três anos;
  • Fiquei dois meses de "férias": após a saída da WBr, parei por uns tempos para repensar minha vida descansar a cabeça. E funcionou, pelo menos profissionalmente;
  • Fui contratado em maio pela Multigeo para trabalhar em um projeto de prospecção e pesquisa de minério de ferro na Bahia. Contratado como geólogo, não como analista ambiental. E muito contente com este novo rumo. Espero que dê certo, vamos ver.

Por enquanto, é isso aí...

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Saudades...

Hoje entrei no blog de uma pessoa muito especial na minha vida e me deparei com uma poema de autoria própria muito bonito e que, por sua postagem coincidir com a data do meu aniversário e seu recado na caixa postal do meu celular, trouxe à tona lembranças que eu consigo perder e saudades que eu não consigo parar de sentir.
Aí lembrei que o Horácio, guitarrista, tecladista e maestro dos fabulosos Bodes de Prata, adaptou um poema para que ele fosse lido em todo início de nossas apresentações porque ele fala sobre o assunto que mais inspira o Blues: saudades.
Eu já recebi este poema na íntegra como sendo de autoria do Miguel Falabela, mas todos sabemos que não se pode confiar nas fontes da internet.
Reproduzo, aqui, o texto adaptado para os Bodes, que traduz bem o que é a saudade que eu sinto...

Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave, para sentirmos tanta saudade...
Trancar o dedo numa porta dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Mas o que mais dói é a saudade.

Saudade de uma cachoeira da infância, saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.

Você podia ficar no quarto e ela na sala, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela pra faculdade, mas sabiam-se onde.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é basicamente não saber.

Não saber mais se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua detestando Mc Donald’s.
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos.
É não saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...

Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.

Saudade é isso que eu estive sentido enquanto escrevia
E o que você provavelmente estará sentindo depois que acabar de ouvir.

Saudade é Blues...

OS BENDITOS 3.0 !!!

Pois é, finalmente cheguei à categoria de "Trintão". Não há muito o que dizer sobre esta passagem que parece tão significativa. Até porque não houve mudanças significativas na minha vida. Não as essenciais, pelo menos. Olha só:
  • Arrumei uma pessoa para dividir o apê comigo, o que já traz grande alívio sobre este problema. É uma grande amiga e espero, sinceramente, que nossa convivência seja a mais pacífica possível;
  • Tô em vias de me formar (por completo, finalmente);
  • Meus pais venderam a casa. Temos um período para entregar o imóvel e procurar um lugar para morarmos que nos traga mais comodidade e proximidade com a civilização.

Tudo isso aconteceu e, ainda assim, pouco parace ter mudado. Mesmo com a chegada dos famigerados 30 anos. Continuo vazio por dentro...

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

O que esperar deste novo ano?

Pois é, há poucos dias começou o ano e, como sempre, pouco mudou.
E neste último mês, o pouco que mudou parece que foi para pior:
  • Tô sozinho no apê. O Tropesso passou no concurso da Petrobrás e foi para o Rio de Janeiro. Sinto falta da companhia deste grande amigo;
  • Quase não tenho ficado no apê, então tenho visto pouco o Rosa, que sempre foi uma companhia constante e um grande amigo tb;
  • Tô tentando acertar as coisas para dividir o apê (este ou outro) com uma amiga, mas parece que tudo tá meio "de rosca";
  • Se as coisas não derem certo, vou voltar para a casa dos meus pais. Nos últimos dias estou fazendo um campo na ZL e tenho ficado direto por lá. Tá foda. Depois de 6 anos fora de casa, a convivência fica restrita apenas aos finais de semana. A re-adaptação tá muito difícil. Este é o principal motivo para eu querer continuar fora de casa;
  • Os ensaios dos "Bodes de Prata" estão em stand by. Tô sentindo uma falta fudida de fazer um som com o Rosa, o Horácio e o Dylon;
  • Tenho que entregar minha monografia corrigida entre o final deste mês e o começo do mês que vem, torcer pela minha aprovação e finalmente, colar grau e sair da porra da faculdade;
  • Além de tudo isso, meu pai e meu avô tiveram uma briga pouco antes da passagem de ano, tranformando a ceia numa merda para quem sabia o que tava rolando e criando um clima de bosta na minha casa.

Por outro lado, recentemente houve a cerimônia de colação de grau da faculdade e o presidente da mesa estava muuuuuito briaco. E no dia seguinte foi o baile, que contou com a presença de vários primos, amigos e pessoas queridas. Só eu levei mais de 20 pessoas. Ainda dei muita risada, matei a saudade de várias pessoas, enchi a cara, só fui embora quando o garçom nos expulsou, tomei uma "saideira" às 6:30h da manhã e acordei sem ressaca, como o bom bêbado deve fazer.

Por enquanto, é só.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Chris Isaak

Muita gente não gosta do som do Chris Isaak porque acha ele muito meloso ou deprê. Eu acho o som bacana, principalmente para ouvir sozinho ou acompanhado de alguém especial.
Vou postar aqui a letra de uma música chamada "Forever Blue", de álbum homônimo. Acho que a letra trata bem da saudade de uma pessoa especial que não voltará mais...
"Forever Blue"
Nobody ever warns you or tells you what to do.
She walks away your left to stay.
Alone forever blue.

The stars have all stopped shining the sun just won't break through.
Each days the same more clouds more rain.
Your left forever blue.

Forever blue 'cause you love her but she dosen't love you.
You did your best life did the rest.
Your left forever blue.
No reason left for living still there's alot to do.
New tears to cry, old songs to sing.
And feel forever blue.
And be forever....Blue

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Tá difícil, mas tá indo...

Após algum tempo sem postar porcaria nenhuma nesta josta, resolvi escrever um pouquinho para desanuviar a cabeça.
A coisa tá foda, não tenho ido para casa há algum tempo porque estou trabalhando para cacete e dando um gás na fase final do meu Trabalho de Formatura, que se tudo correr como espero, deve estar pronto dentro de dez ou quinze dias, no máximo. Ah, e passei a última noite novamente no hospital com meu avô, que está se recuperando da cirurgia que fez.
Resolvi escrever também para responder alguns questionamentos que foram feitos por amigos em relação ao posto anterior:
  • Não acho que minha vida tenha acabado, estou apenas me sentindo bastante sozinho. Ela não foi um relacionamento bobo de curta duração. Foi a pessoa com quem eu compartilhei minha vida por mais de oito anos;
  • Não acho que meu estado melancólico seja normal ou coisa do tipo. Mas também não estou com o mínimo de paciência para procurar ajuda. E com menos vontade ainda. EU resolvo meus problemas, não outras pessoas. Ah, e não sou melancólico 24h por dia, apenas fico chateado em alguns momentos como todo mundo;
  • As conquistas às quais me referi eram profissionais ou acadêmicas e não referentes a minha vida amorosa. Aliás, acho que fui bastante explícito quando disse que não queria substituí-la. Porque neste ponto, ninguém pode ser substituído. O que eu tive com ela foi único. Mas momentos, relacionamentos e pessoas são únicos. Com outra pessoa seria outra história, e não continuação da mesma com uma mudança de protagonista;
  • Aceitem vcs ou não, a minha separação foi bastante dolorosa para mim, e ainda está sendo. Mas tô sobrevivendo. Como sempre fiz;
  • A minha vida hoje continua sem ela. E é assim que vai ser. A separação não ocorreu por opção minha. Mas é definitiva porque eu determinei que seria assim. E eu sou tosco e teimosos o suficiente para fazer isso acontecer. Custe o que custar.

Moçada, é isso aí. Espero que não levem a mal o que eu escrevi. Mas acho que muitos de vcs estavam preocupados à toa. Fiquem frios. E vale ainda lembrar que qualquer conversa é melhor se houver uma quantidade considerável de cerveja envolvida. Estão convidados.

sábado, 2 de setembro de 2006

Não sei mais o que fazer!!!

Faz apenas alguns dias que não escrevo, mas tenho sentido uma profunda necessidade de botar pra fora o que venho sentindo...
Após a separação, pensei e repensei várias coisas que aconteceram e que pretendo que aconteçam comigo.
A dor que sinto por não ter mais ao meu lado a única pessoa que verdadeiramente amei na minha vida é muito grande. Chega a ser física. Sufoca. Transtorna. Irrita. Mas acima de tudo, doi no peito, como se um imenso vazio estivesse tentando tomar conta e, embora vc esteja lutando para que isso não aconteça, é mais forte do que toda a sua vontade.
É gozado como nada mais parece ter tanta importância assim. Os bons momentos que passei recentemente e descrevi no post anterior não são superam, aliás, não conseguem nem de longe se igualar à dor. São passageiros demais para quem já teve alguém com quem queria passar o resto da vida. Desta vida e de próximas, se elas existirem.
Parece que tudo que tentei construir foi por água abaixo, como se um tsunami arrasasse tudo o que fiz em prol deste relacionamento. Tenho amigos e família que me amam e isso ainda me parece pouco. Não tenho interesse em substituí-la, pois para mim ela será sempre aquilo de melhor que eu podia merecer. E também aquilo de pior. Ela me completava, era o ar que eu respirava, a luz de todos om meus dias.
Infelizmente agora só resta a solidão. Parece que é só o que o medíocre merece...

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Realmente...

Em resposta ao questionamento da Tata Olher, eu me esqueci de mencionar que neste meio tempo tenho, sempre que posso, saído com meus grandes amigos para beber. Há alguns dias atrás, o meu irmão esteve no meu apê, onde jantamos (uma costeleta de porco fantástica que eu fiz). Em seguida recebi a visita de dois outros irmãos: Fabião e Secão, que passaram a noite por lá, regados a muita cerveja e comida de buteco. Ainda no outro dia foi aniversário de uma grande amiga, a M.C., e fui acompanhado pela própria Tata, minha grande companheira de baladas e de várias outras coisas.
E ontem passei o dia com uma grande amiga que não via há tempos. Almoçamos, bebemos, demos muita risada, enfim, foi um dia muito bom. Conseguiu diminuir parte da minha solidão e atual carência de afeto de um ombro amigo que esteja lá por mim um dia inteiro.
Ah, na semana passada estive em campo pelo trabalho. Foi ótimo sair um pouco da cidade grande, cair na estrada, respirar ar puro, comer poeira, pisar barro. Tudo aquilo que mais gosto de fazer. E esta semana estou indo de novo, mas será jogo rápido, coisa de um dia apenas. Mas, com toda certeza, vai ser muito bom.
É isso aí, té mais.

domingo, 27 de agosto de 2006

Era uma vez um Skrotho...

Resolvi aderir ao lance do blog para ter um local onde desabafar minhas amarguras, desilusões, conquistas (que andam raras) e alegrias (estas, mais raras ainda).
É gozado, mas sempre fui contra esta porcaria por achar que ela escancara nossa vida particular, sentimentos etc, mas como não tenho conseguido dar vazão a tudo que tenho pensado ultimamente, achei que talvez fosse uma boa idéia.
Uma rápida reflexão sobre meus últimos meses mostra que algumas coisas evoluíram ou melhoraram muito: meu trabalho, onde era escraviário e fui finalmente contratado; meu Trabalho de Formatura, que em princípio mostrou-se um fiasco por conta dos dados disponíveis, mas tô tentando "tirar leite de pedra" para fazer ao menos jus ao esforço em conjunto com meu orientador; minhas contas, que estou conseguindo regularizar.
Outras coisas parece que vão de mal a pior. Perdi a namorada após muitos anos juntos, tive de sacrificar meu cachorro de 16 anos, entrei numa deprê braba da qual ainda tô brigando para sair.
Enfim, apesar de tudo que passou nesta porra de ano, ainda tem muita merda rolando.
Por enquanto, é isso aí.