sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Saudades...

Hoje entrei no blog de uma pessoa muito especial na minha vida e me deparei com uma poema de autoria própria muito bonito e que, por sua postagem coincidir com a data do meu aniversário e seu recado na caixa postal do meu celular, trouxe à tona lembranças que eu consigo perder e saudades que eu não consigo parar de sentir.
Aí lembrei que o Horácio, guitarrista, tecladista e maestro dos fabulosos Bodes de Prata, adaptou um poema para que ele fosse lido em todo início de nossas apresentações porque ele fala sobre o assunto que mais inspira o Blues: saudades.
Eu já recebi este poema na íntegra como sendo de autoria do Miguel Falabela, mas todos sabemos que não se pode confiar nas fontes da internet.
Reproduzo, aqui, o texto adaptado para os Bodes, que traduz bem o que é a saudade que eu sinto...

Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave, para sentirmos tanta saudade...
Trancar o dedo numa porta dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Mas o que mais dói é a saudade.

Saudade de uma cachoeira da infância, saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.

Você podia ficar no quarto e ela na sala, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela pra faculdade, mas sabiam-se onde.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é basicamente não saber.

Não saber mais se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua detestando Mc Donald’s.
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos.
É não saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...

Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.

Saudade é isso que eu estive sentido enquanto escrevia
E o que você provavelmente estará sentindo depois que acabar de ouvir.

Saudade é Blues...

OS BENDITOS 3.0 !!!

Pois é, finalmente cheguei à categoria de "Trintão". Não há muito o que dizer sobre esta passagem que parece tão significativa. Até porque não houve mudanças significativas na minha vida. Não as essenciais, pelo menos. Olha só:
  • Arrumei uma pessoa para dividir o apê comigo, o que já traz grande alívio sobre este problema. É uma grande amiga e espero, sinceramente, que nossa convivência seja a mais pacífica possível;
  • Tô em vias de me formar (por completo, finalmente);
  • Meus pais venderam a casa. Temos um período para entregar o imóvel e procurar um lugar para morarmos que nos traga mais comodidade e proximidade com a civilização.

Tudo isso aconteceu e, ainda assim, pouco parace ter mudado. Mesmo com a chegada dos famigerados 30 anos. Continuo vazio por dentro...